quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Capítulo 1 - ( UAC)

Eu sempre pensei que fazia parte da família Efron. Quer dizer, eu sempre fiz, mas não do jeito que eu sempre pensei, entendem? Acho que não, a minha história é tão confusa que nem eu mesma entendo. Agora estou com trinta anos, dois filhos lindos e um marido pra lá de maravilhoso. Vanessa estava arrumando o sótão quando achou um pequeno caderno cor-de-rosa com letras coladas na capa que pareciam ter sido recortadas de uma revista que formavam a palavra: Diário. Sim, um diário, com cara de ter sido de uma adolescente em crise. Ela riu de si mesma.
- É, acho que era assim que poderiam me chamar naquela época. Uma adolescente em crise! – dizia ela pra si mesma.Ainda não entenderam nada não é? Então é melhor voltar ao passado.

“Vinte e cinco de março de 1991. Era um dia comum pra mim, um domingo com a família, pelo menos foi o que eu pensei. Eu queria paz, mas parece que meu irmão mais velho Zac Efron não percebia isso. Foi à semana inteira arranjando desculpas pra ficar sozinho comigo. O que deu nele? Ele está tão... Estranho. Fez até questão de me acompanhar ao colégio, coisa que ele nunca fez. Esse novo Zac está me dando medo.
- Bom dia! – eu disse animada enquanto descia as escadas e via minha família inteira reunida na sala de estar.- Boa tarde, isso sim! – disse minha mãe Starla
– Querida, já disse pra não ir dormir assim tão tarde.
Eu gelei. O mundo parou quando lembrei da noite passada, queria que aquilo tivesse sido só um mero sonho. Eu troquei olhares cúmplices com o Zac e meio que sem jeito respondi:
- Eu sei, desculpa!
Será que dá pra imaginar o que aconteceu noite passada? Há não? Então eu digo.
Estava lá eu passando pelo corredor saltitando, feliz da vida. Quando o gostoso (olha só, parcialmente o que vem a seguir também tem culpa minha!) do meu irmão me chama.- Nessa?- Eu! – respondei enquanto parava no meio do corredor.
- Pode vir um instante aqui? – perguntou Zac abrindo a porta um pouco mais para que eu passasse.
- A claro!
Eu nuca, repito NUNCA, estive no quarto do Zac antes. Ele sempre me pe pegava no flagra quando eu tentava entrar ali. Eu entrei. Nem preciso dizer que o quarto dele era um verdadeiro lixão né? Ta, não era tão ruim assim, mas era bagunçado que só. Ele trancou a porta. ELE O QUE? É ele trancou a porta, eu ouvi. Ele me encostou na parede de uma forma tão violenta, uma de suas mão escorava a parede e a outra estava na minha cintura. Caraca, eu mal conseguia respirar, ele estava tão perto que... Meu Deus.
- Za...Zac o que você ta fazendo? Você me machucou sabia? – eu dizia rápido de mais e muito, muito assustada.
- Desculpa... – disse ele acariciando meu rosto e me olhando de um jeito que... Que me deixava... Louca...
- O que você quer Zac?Ele não respondeu, apenas continuou me olhando. Sua mão voltou ao ponto inicial, minha cintura. Ai meu pai!
- Zac, o que você quer? – repeti a pergunta.
- Isso. – disse ele.
- Isso o q...? – Mas eu não conseguir terminar e sabe porque? Porque ele me beijo, me BEIJOU. Tem noção do que significa isso? Ta, eu confesso que eu não resisti e me deixei levar por aquele beijo, e cá ente nós, ele beijava tããão bem! Quando nos separamos daquele maravilhoso beijo (o que deu em mim pra dizer essas coisas?) eu mal tinha fôlego pra recuperar o meu ar.
- Vo...Vo...Você ta ficando louco? – disse sem fôlego enquanto me afastava dele. (ainda não entendo porque eu fiz isso. O amasso tava tão bom!).
- A qual é! Vai me dizer que não gostou – disse ele virando pra mim.
- Não – disse enquanto passava a manga da minha blusa em minha boca – Você só pode estar ficando louco Zac. Nós somos irmãos, entendeu? IRMÃOS!
- Deixa de frescura! – disse ele me puxando pelo braço fazendo com que ficássemos praticamente colados um ao outro.- Zac para! – eu disse tentando me soltar, mas ele era mais forte do que eu e eu, eu estava bem naqueles braços dele...
– Zac! Me solta se não eu... Eu...
- Você? – eu juro que quando ele me perguntou isso tinha um tom irônico na sua voz!- Eu vou gritar!
- Você não é nem louca!
- A não?
- Não!
- Vamos ver. MÃÃ... – Nem gritar ele me deixou. Me beijou de novo. Cara, ele vai ter que parar de fazer isso!
- Belo jeito de me calar! – eu respondi quando nos separamos mais uma vez. Pera aí... Eu não disse isso não né? – Quer dizer...

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